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"A
elegância está nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas que
escutam mais do que falam, e quando falam, passam longe da fofoca, das
pequenas maldades ampliadas no boca a boca. É possível detectá-la nas
pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas,
nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer
em humilhar os outros. É possível detectá-la
em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos
que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, e, ao receber
uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está
falando e só depois manda dizer se está ou não está. É elegante você
fazer algo por alguém e este alguém jamais saber disso. É elegante não
mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro. É muito elegante não
falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante o silêncio, diante
de uma rejeição. Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a
elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão
generosa do mundo. É elegante a gentileza... Sorrir sempre é muito
elegante e faz um bem danado para a alma. Olhar nos olhos ao conversar é
essencialmente elegante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza pela observação, mas tentar imita-la é improdutiva.
Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura."
(Martha Medeiros)
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