domingo, 19 de setembro de 2010

"Não sei que título colocar aqui"

Li uma vez que nosso cérebro precisa de rótulos para não pifar.Não sei bem se a palavra "pifar" é certa mas o caso é que falavam que os rótulos eram necessários.
Alegavam que eles possuem a função de poupar nosso cérebro de analisar as coisas em demasia.
Desse modo,nós separamos o objeto em questão em grupos(rótulos) e assim,fica mais fácil lidar com o que estamos envolvidos no momento.
Parece bem razoável,se você pensar no assunto.
Às vezes dói analisarmos muito uma coisa.Especialmente se você muda de opinião com uma certa frequência (como eu).
Porém,há certas coisas que não podemos culpar o cérebro exclusivamente.
Às vezes,colocamos rótulos baseados em opiniões de terceiros.
Já me peguei fazendo isso muitas vezes.
E aí vem a pergunta: o que eu gosto e não gosto é porque eu REALMENTE gosto e não gosto?
Ou é só o que eu penso que gosto e não gosto?

Por exemplo,quando eu era bem mais nova,falava que não gostava de ver um casal homossexual andando nas ruas.
Hoje em dia acho algo normal e vejo que a forma como eu pensava era algo preconceituoso e sem fundamento.
Descobri isso depois de realmente pensar sobre o assunto e por tentar realmente conhecer as pessoas que eu julgava como "estranhas".
Se você me perguntar porque pensava daquela maneira quando era mais nova,não saberei responder.
E quando vejo que atualmente há pessoas que falam sobre o homossexualismo como algo negativo,fico pensando se é isso mesmo que elas acham ou se elas acham que essa é mesma sua opinião formada.

Também já passei pela situação clássica de estar num grupo de amigos e julgar uma pessoa só pela forma como ela se veste/se comporta baseada apenas na opinião que esse grupo em que eu estava falava à respeito.
E isso bastava para eu virar a cara para uma pessoa que eu nem conhecia.
E me lembro que falava que detestava que fizessem isso comigo.
Percebe a "hipocrisia mental"?

Colocar rótulos nas coisas é algo automático.Antes mesmo de analisá-la,você já tem uma "ideia" pré-concebida sobre o assunto.
Porém,na maioria das vezes,aceitamos essa "ideia automática" e colocamos ela como verdade absoluta.
E seguimos com nossas vidas como se nada tivesse acontecido e com a consciência de que somos seres livres de preconceito.

A questão é: quando se virem nessa situação de rotular algo pela primeira vista,parem e analisem.
Mas analisem por si só.Como se você estivesse lidando com aquilo pela primeira vez.
Dessa forma,você tem a oportunidade de fazer algo que a maioria não faz: sair da zona de conforto que o nosso cérebro se encontra.

Lendo isso parece que agora sou eu que estou rotulando a maioria mas quantos de vocês já se recusaram ou analisaram com mais cuidado algo que que falaram/pensaram?
É difícil ficar imune a opinião de terceiros (algumas delas até nos ajudam para algumas situações,na verdade) mas cabe a cada um resolver por si só se isso será válido para você ou não.

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