quarta-feira, 29 de junho de 2011

I'm a free bitch, baby!

Eu tinha um sério problema com memória: todas as coisas ruins que aconteceram comigo ficavam guardadas no meu córtex para depois, serem lembradas e sofridas.
E o plus nisso é que elas eram lembradas exatamente quando eu estava feliz e despreocupada. Como se fosse um lembrete que,agora que eu estava feliz e sem preocupações,algo ruim poderia acontecer e eu voltaria para o meu estágio de "Moço, tem Prozac?". Sim, eu sei que parece loucura mas pra mim, fazia sentido. Na verdade, mais sentido ainda quando meu professor de História disse uma vez que "quando estamos no apogeu da nossa vida,não há mais para onde ir a não ser para baixo". Isso só piorou porque quando eu estava triste, pensava "Bem, daqui não tem como piorar né?". Era aquilo tipo de tristeza que te reconforta sabe?
Pois bem, passado um bom tempo vi que isso tava virando paranóia mas não sabia como resolvê-lo. Até que li em um lugar que devemos ter em mente que a alegria é passageira (que hoje posso estar alegre mas amanhã posso estar triste e por aí vai) e que devemos simplesmente aceitar e lidar com isso, em vez de ficar com aquele sentimento de obrigação em ser feliz o tempo todo e praticamente desmoronar quando um mínimo de tristeza aparece.
Aquilo foi libertador pra mim (meio Paulo Coelho, mas muito libertador!) e devo dizer que por enquanto,tem funcionado. Me sinto bem mais leve sem aquele peso quando a tristeza chega.
Até desenvolvi um ritual para quando ela chega: deixo ela entrar em casa, sirvo leite e biscoitos e ficamos sentadas no sofá até ela decidir que seria mais útil para Nietzsche do que para mim e vai embora.

Nenhum comentário: