domingo, 3 de junho de 2012


"A elegância está nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas que escutam mais do que falam, e quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca. É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está. É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber disso. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante o silêncio, diante de uma rejeição. Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo. É elegante a gentileza... Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma. Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza pela observação, mas tentar imita-la é improdutiva.
Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura."
(Martha Medeiros)

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