sábado, 7 de março de 2009

We can do it!


Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher (que no caso será amanhã,mas tudo bem!),quero apresentar à vocês a Rosie the Riveter.


Rosie tornou-se um icon cultural dos Estados Unidos, representando os milhões de mulheres que começaram a trabalhar, principalmente na produção de material de guerra, substituindo os homens que estavam nas frentes de batalha.

"Rosie the Riveter" foi o nome de uma canção patriótica que ficou associada ao famoso poster "we can do it" (nós podemos fazê-lo) apesar da figura representada não ser a de nenhuma Rosie. Este poster(vide foto acima), da autoria de J. Howard Miller, baseia-se numa fotografia de Geraldine Doyle trabalhando numa fábrica.

O poster "we can do it" integrou uma campanha para convencer as mulheres a trabalhar nas indústrias, substituindo os homens que estavam na guerra. O governo teve de lutar contra os preconceitos sobre o trabalho das mulheres fora de casa. Foram lançados slogans como "Faça o trabalho que ele deixou" ou "Quanto mais mulheres a trabalhar, mais cedo será a vitória". A imprensa começou a publicar artigos sobre o trabalho feminino mostrando essas mulheres como exemplos de patriotismo.
O nome de Rosie só ficou associado ao poster, após o lançamento da canção “Rosie the Riveter” e de Norman Rockwell ter feito a capa do Saturday Evening Post com uma outra imagem também chamada Rosie.

Rosie era tida como o ideal de mulher trabalhadora, leal, eficiente, patriótica e bonita e rápidamente os media começaram a descobrir várias personificações de Rosies na vida real.
Um desses casos foi Rose Monroe, descoberta pelo actor Walter Pidgeon que procurava uma mulher para participar num pequeno filme e a encontrou na Willow Run Aircraft Factory em Ypsilanti, no Michigan. Rose Monroe, era viúva e como tinha dois filhos pequenos, trabalhava como rebitador para poder sustentá-los.

A campanha para incentivar o trabalho feminino foi um sucesso e o número de mulheres trabalhadoras aumentou para 20 milhões em 1944, um aumento de 57% relativamente a 1940.

Nessa altura as companhias ofereciam condições para cuidar das crianças durante o período de trabalho das mães e, muitas, ofereciam ainda refeições que as mulheres podiam levar para casa, para a família. No entanto, o salário das mulheres era muito mais baixo do que o dos homens no mesmo trabalho.

No final da guerra, muitas das mulheres deixaram de trabalhar, mas já tinha sido dado um dos passos mais importantes na história do feminismo, ao provar que as mulheres podiam substituir os homens enquanto trabalhadoras.

Geraldine Doyle, inspiradora do poster "We can do it" só veio a saber que era ela quem figurava no poster em 1984, ao descobrir a sua fotografia numa revista de 1942 a "Modern Maturity Magazine".


Créditos:Knol beta


ps:para comemora o Dia Internacional da Mulher,a revista Glamour preparou um editorial com famosas imitando as grandes ícones femininas norte-americanas (incluindo a Rosie!)

http://www.glamour.com/magazine/2009/03/american-icons?slide=01

Nenhum comentário: